Temário Sessões Especiais
Confira abaixo os temas e descritivos das Sessões Especiais para submissão dos trabalhos técnicos.
Coordenador Principal: Hugo de Oliveira Fagundes
Coordenadores: Diogo Costa Buarque; Fernando Mainardi Fan; Dimaghi Schwamback; Paulo Tarso Sanches de Oliveira.
Descrição: Conhecer os padrões espacial e temporal dos fluxos de sedimentos em bacias hidrográficas é importante para gestores e tomadores de decisão, pois permite compreender seus impactos no tratamento de água para abastecimento, na navegação, na geração de energia hidrelétrica, no funcionamento ecológico e no ciclo biogeoquímico, nas avaliações de mudanças de uso e cobertura do solo, de escorregamentos de encostas, de assoreamento de cursos de água e reservatórios, entre outros. Para lidar com estas questões, as técnicas e modelos matemáticos complementam o monitoramento, buscando fazer o melhor uso possível dos seus dados primários que são, geralmente, muito escassos. O uso de modelos associados à diferentes fontes de informações, incluindo aquelas derivadas de sensoriamento remoto, tem facilitado a inferência sobre o passado, o presente e o futuro da dinâmica de sedimentos em diferentes escalas.
Considerando o exposto, esta proposta de sessão técnica busca reunir interessados na temática de desenvolvimento e aplicação de modelos hidrossedimentológicos, fortalecendo a comunidade científica nacional e o papel da Comissão Técnica de Engenharia de Sedimentos e Hidrometria da ABRhidro, que tem como objetivo aproximar pesquisadores, técnicos, estudantes e gestores na troca de experiências e a discussão de temas relevantes para a solução de problemas decorrentes do processo erosivo, considerando as fases de desagregação, transporte e deposição de sedimentos. As contribuições esperadas para essa sessão abrangem os mais diversos tópicos, tais como: desenvolvimento, aplicação e validação de modelos hidrossedimentológicos; estudo da dinâmica e conectividade dos sedimentos por meio de modelos; quantificação dos fluxos de erosão e sedimentação no espaço e no tempo; avaliação de dados e produção de informações para uso na modelagem; métodos de calibração e avaliação de modelos; entre outras. Trabalhos envolvendo aspectos metodológicos gerais quanto estudos de casos com diferentes aplicações, uso de informações, escalas espaço-temporais e regimes hidrológicos e climáticos, serão bem-vindos.
Coordenador Principal: Dimaghi Schwamback
Coordenadores: Jamil Alexandre Ayach Anache; Alondra Beatriz Alvarez Perez; João Henrique Macedo Sá;
Descrição: O monitoramento hidrológico contínuo e representativo em diferentes ambientes é fundamental para o avanço na compreensão do ciclo hidrológico, avaliação de modelos e gestão dos recursos hídricos. No Brasil, os principais dados monitorados são vazão e precipitação. O custo de implementação e manutenção de equipamentos e sensores é um dos principais desafios para ampliação da área monitorada e do número das componentes hidrológicas medidas. Este desafio é ainda maior para entidades dedicadas à pesquisa, onde os recursos financeiros são reduzidos. Esta sessão busca discutir e motivar o uso de tecnologias alternativas às ferramentas tradicionalmente utilizadas em hidrologia, com menor custo, a fim de permitir o avanço no monitoramento hidrológico de excelência para todos. Assim, serão abordados os seguintes tópicos:
- Utilização de metodologias e ferramentas de baixo custo, inovadoras e/ou emergentes no monitoramento dos componentes do balanço hídrico, em diferentes escalas;
- Iniciativas (por exemplo, Open-Sensing.org) que facilitam a criação e o compartilhamento de novos sensores, sistemas de aquisição e transmissão de dados;
iii. Análise de fontes de incertezas e acurácia nos componentes estimados do balanço hídrico;
- Avaliação comparativa de metodologias e tecnologias aplicadas ao monitoramento hidrológico.
Conectou um sensor a um Arduino ou Raspberri Pi? Usou seu celular para medir algo relevante para hidrologia? Imprimiu em 3D um amostrador automatizado de qualidade de água? Ou construiu um sistema de armazenamento em nuvem a partir de componentes de código aberto? Mostre!
Incentivamos que os autores apresentem seus protótipos, processos de calibração e façam demonstrações de seu uso.
Coordenador Principal: Hugo de Oliveira Fagundes
Coordenadores: Tobias Bernward Bleninger; Dimaghi Schwamback; Liege Fernanda Koston Wosiacki; MARCUS VINICIUS ESTIGONI; Francisco Fernando Noronha Marcuzzo;
Descrição: A hidrometria é o conjunto de técnicas responsáveis pela obtenção de dados referentes à água e transporte de sedimentos. Tais dados são a base para a gestão de recursos hídricos. Nesta sessão serão discutidos estudos e procedimentos voltados ao desenvolvimento e aplicação de métodos convencionais ou novas tecnologias para a geração de dados e informações de sedimentos e água. Incluem-se aqui estudos com drones; sensores in situ e remotos; dispositivos para medição de vazão, controle da erosão e assoreamento.
A área de Hidrometria e Engenharia de Sedimentos é estratégica para o desenvolvimento do País, uma vez que trata de temas como a erosão do solo, o fluxo e a deposição de sedimentos em rios, reservatórios, deltas e estuários, bem como as interações entre as suas características e a qualidade da água. A CT de Engenharia de Sedimentos e Hidrometria atua organizando simpósios, cursos, palestras e publicações setoriais. Entre as suas atividades, destaca-se a organização do Encontro Nacional de Engenharia de Sedimentos (ENES), que teve sua primeira edição realizada em 1991 e recentemente a realização do II FLUHIDROS – Simpósio Nacional de Mecânica dos Fluidros e Hidráulica e XVI ENES – Encontro Nacional de Engenharia de Sedimentos consolidando as interações com outras CTs (CT de Hidráulica, CT de Limnologia e Mecânica do Fluídos Ambiental, CT Engenharia Costeira e CT de Segurança de Barragens da ABRHidro).A excelente aceitação da primeira edição do encontro somada ao peso histórico do ENES com mais de quinze edições realizadas motivou a ampliação da participação das várias comissões técnicas da associação.
Coordenador Principal: Lais Ferrer Amorim de Oliveira
Coordenadores: Leandro Rinaldo Merli; Barbara Pozzan dos Santos Duarte; Tobias Bernward Bleninger; RAFAEL DE CARVALHO UENO; Jucimara Andreza Rigotti; Luana Siebra Andrade; Michael Mannich.
Descrição: A área de Limnologia e Mecânica dos Fluidos Ambiental é responsável pelo estudo dos ambientes aquáticos superficiais, como lagos, reservatórios, rios e estuários, nos quais os processos internos de transferência de massa e energia exigem uma abordagem integrada de várias áreas do conhecimento, como hidrologia, mecânica dos fluidos, engenharia, limnologia e ecologia. A integração destas disciplinas, combinando processos hidrodinâmicos com processos de transferência de substâncias e calor, atua sobre os aspectos físicos (turbulência, dispersão, estratificação térmica e/ou química) e de qualidade da água (transporte e decaimento de poluentes, eutrofização de recursos hídricos e proliferação de algas) dos corpos hídricos superficiais. Desse modo, dentre as contribuições esperadas, destacam-se trabalhos relacionados a: Monitoramento hidrodinâmico e de qualidade da água de corpos d?água, incluindo avanços tecnológicos na área; Processamento de dados monitorados em diferentes escalas espaciais e temporais para compreender fenômenos da engenharia limnológica; Identificação da influência de forçantes hidrológicas e meteorológicas sobre a circulação de massa e energia em ambientes hídricos e suas implicações em termos do transporte de substâncias (nutrientes, matéria orgânica e fitoplâncton); Modelagem matemática de fenômenos de transporte e mistura de substâncias, além da transmissão de calor, em ambientes aquáticos superficiais, como rios e reservatórios;
Técnicas de engenharia para gestão de corpos d?água superficiais, em face de diferentes cenários hidrológicos, meteorológicos, de ocupação do solo, etc. Nos últimos anos, a CT de Limnologia e Mecânica dos Fluidos Ambiental apresentou como principais atividades a organização de reuniões internas, contribuição e publicação de artigos e a organização de eventos científicos, com destaque para o II FLUHIDROS – Simpósio Nacional de Mecânica dos Fluidos e Hidráulica, realizado em agosto de 2024, onde foi possível a interação do grupo com outras CTs (CT de Hidráulica, CT de Engenharia de Sedimentos e Hidrometria, CT Engenharia Costeira e CT de Segurança de Barragens da ABRHidro).
Coordenador Principal: PAULO RÓGENES MONTEIRO PONTES
Coordenadores: Ayan Santos Fleischmann; Rosane Barbosa Lopes Cavalcante; Alice César Fassoni de Andrade; Rodrigo Cauduro Dias de Paiva; Marcela Ayub Brasil Barreto; KATIUCIA NASCIMENTO ADAM; André Luis Martinelli Real dos Santos; ROGERIO RIBEIRO MARINHO;
Descrição: A Amazônia abriga um dos mais importantes sistemas hidrológicos do mundo, onde a água conecta sistemas naturais e humanos. O Rio Amazonas exporta cerca de 20% da água doce que chega aos oceanos anualmente, além de transportar grandes quantidades de sedimentos. Os sistemas socioecológicos da região adaptam-se ao pulso anual de inundação, em um cenário constantemente transformado por mudanças climáticas, desmatamento, queimadas, atividades ilegais, crescimento populacional desordenado e ausência de saneamento e de governança efetiva.
Embora muitas vezes tratada de forma homogênea, a Amazônia é marcada por uma rica diversidade. Pode ser analisada pela bacia hidrográfica do Rio Amazonas, a maior do mundo; pela Amazônia Legal Brasileira, com suas especificidades socioeconômicas; e pelo Bioma Amazônico, de importância ecológica global. Além disso, diversos setores atuam de forma complementar no manejo dos recursos hídricos: a sociedade civil, com ONGs, cooperativas e comunidades tradicionais; o setor público, com governos e agências reguladoras; o setor privado, que utiliza a água em atividades produtivas; e o meio acadêmico, responsável por estudos e inovações.
Avanços em monitoramento in situ, sensoriamento remoto e modelagem hidrológica têm ampliado o conhecimento sobre a dinâmica da hidrologia amazônica e seus impactos em recursos hídricos, ecossistemas e comunidades. Esta sessão técnica visa reunir estudos sobre processos hidrológicos, sedimentológicos e interdisciplinares que relacionem água, mudanças ambientais e modos de vida tradicionais. São incentivadas iniciativas que promovam o acesso sustentável à água e enfrentem os desafios regionais. Pesquisadores e gestores são convidados a contribuir com debates que promovam a gestão sustentável da água e mitiguem os impactos de desastres naturais em escalas local, regional e pan-amazônica.
Coordenador Principal: Thiago Henriques Fontenelle
Coordenadores: SÉRGIO RODRIGUES AYRIMORAES SOARES.
Descrição: Há dificuldades no âmbito da ABRHidro de inserir o público e as discussões relacionadas aos setores usuários de água no Brasil. Assim, sob a perspectiva do balanço hídrico para gestão, o tema oferta de água ? e temas ou políticas específicas como inundações, segurança de barragens e qualidade da água ? recebem muito mais atenção do que os temas relativos à demanda de água e as respectivas necessidades específicas dos setores usuários (especialmente aqueles sujeitos à regulação direta como a irrigação, a indústria, o abastecimento de água e a mineração). Insere-se nesse contexto o tema reuso da água, especialmente em regiões com maior escassez quantitativa, com imposições regulatórias mais restritivas e/ou como estratégia econômica ou de aumento da eficiência. É clara a relevância dos setores usuários na gestão dos recursos hídricos e sua importância não é proporcionalmente representada nos fóruns da ABRHidro. Espera-se contribuir com a inserção desses temas em pautas hidrológicas e contribuir para aumentar a percepção da relevância técnico-científica dos setores usuários, assim como aproximar profissionais desses setores da ABRHidro e de seus fóruns. O tripé Pesquisa, Planejamento e Regulação oferece oportunidades de inserção de iniciativas tanto mais amplas quanto mais específicas.
Coordenador Principal: FERNANDA DA SERRA COSTA
Coordenadores: DANIEL HENRIQUE MARCO DETZEL;
Descrição: Esta Sessão Técnica Especial está sendo proposta pela Comissão Técnica de Energia (CTE). A CTE tem tradição de propor STE nos SBRH. Em 2023 o tema foi Estudos Energéticos e os desafios da Hidroeletricidade no Brasil, abrangendo os desafios de como viabilizar e operar hidrelétricas compatibilizando com as demandas dos demais usuários dos recursos hídricos num contexto de escassez, entre outros pontos. Devido ao grande número de trabalhos enviados para esta STE no SBRH2023, foi necessário dividi-la em dois dias. Para 2025 estamos propondo um tema que julgamos de grande relevância, atualidade/interesse para a comunidade de recursos hídricos e energia, nacional/internacional, pois, a transição energética não é mais uma hipótese, mas sim uma realidade, devido principalmente às mudanças climáticas. Destaca-se a proximidade da COP30, que será realizada de 10 a 21/11/2025, em Belém, no Pará. No contexto da transição energética, a transformação das matrizes elétricas/energéticas nacionais/mundial envolve a substituição gradual da utilização de combustíveis fósseis por fontes de energia renováveis, tais como eólica, solar e hidroeletricidade. Apesar do grande crescimento da participação das fontes eólica/solar nas matrizes de alguns países, estas fontes, devido suas características intrínsecas, necessitam de alguma outra fonte que possa ser acionada de forma rápida e robusta nos períodos de intermitência, e que garantam os serviços ancilares de suporte à estabilidade do sistema elétrico. A hidroeletricidade é a energia renovável que pode assumir este papel, dada a presença de reservatórios que aportam a modulação rápida da geração, ajustando-se à variação da demanda e compensando as oscilações da rede. Não é por acaso que ao analisar as matrizes elétricas das maiores economias observa-se que todas que ultrapassam 50% de fontes renováveis têm fortemente a presença da hidroeletricidade. Nesta STE esperam-se contribuições que abordem a importância da hidroeletricidade para a transição energética econômica, segura e social e ambientalmente viáveis.
Coordenador Principal: LEONARDO LAIPELT DOS SANTOS
Coordenadores: Júlia Brusso Rossi; Bruno César Comini de Andrade; Vanessa de Arruda Souza; ANDERSON LUIS RUHOFF;
Descrição: Esta sessão técnica visa discutir os avanços mais recentes e os desafios no estudo e monitoramento da evapotranspiração (ET), um processo fundamental para o ciclo da água e na gestão de recursos hídricos. Com a crescente pressão sobre os recursos hídricos devido ao aumento da demanda por água, a necessidade de monitoramento mais eficiente e preciso da ET se torna cada vez mais urgente. Espera-se estudos que abordem o uso de dados observados (como eddy covariance), além do uso de dados de sensoriamento remoto, para estimativas de ET em diferentes escalas. Também são bem-vindos trabalhos que discutam a aplicação desses dados, através do monitoramento do uso da água na agricultura, da evaporação de reservatórios, assim como estudos que abordem os impactos das mudanças climáticas.
Coordenador Principal: Alice César Fassoni de Andrade
Coordenadores: ANDERSON LUIS RUHOFF; Rodrigo Cauduro Dias de Paiva; Fabrice Papa; Daniel Andrade Maciel; Juliana Andrade Campos; Alexandre de Amorim Teixeira; Cláudio Clemente Faria Barbosa;
Descrição: Avanços tecnológicos na observação do sistema terrestre por sensoriamento remoto permitem um melhor monitoramento do ciclo hidrológico de maneira contínua, distribuída e detalhada, incluindo variáveis como precipitação, evapotranspiração, umidade do solo, altimetria e extensão de corpos hídricos, variações no armazenamento total de água e qualidade da água. A partir da disponibilidade de dados espaciais, uma mudança de paradigma está atualmente em andamento com informaçãoes em praticamente todas bacias hidrográficas para compreender e analisar o ciclo hidrológico. Ainda persistem grandes desafios relacionados ao desenvolvimento de melhores métodos de estimativas hidrológicas via sensoriamento remoto, a definição de metodologias para operacionalização do uso dessas informações disponíveis e a formação de recursos humanos capacitados. Existem hoje, mais do que nunca, muitas oportunidades para o uso efetivo dessas informações para estudos, diagnósticos e acompanhamento de sistemas hidrológicos, alterações ambientais e aplicações para tomada de decisão na gestão de recursos hídricos. Essa sessão será uma oportunidade para reunir cientistas, hidrólogos e demais profissionais interessados em conhecer e compartilhar técnicas de sensoriamento remoto para a observação do ciclo hidrológico terrestre. As contribuições abrangem (mas não estão restritas) os seguintes tópicos:
– Aplicações inovadoras para observação de sensoriamento remoto de processos e variáveis hidrológicas;
– Novos algoritmos, bases de dados e produtos;
– Sensores e plataformas dedicadas ao monitoramento dos recursos hídricos;
– Aplicações inovadoras para diagnósticos, previsão e gestão de recursos hídricos e desastres naturais;
– Caracterização de sistemas hidrológicos relevantes;
– Calibração e validação de produtos de sensoriamento remoto e análise de incertezas;
– Integração de observações de sensoriamento remoto, dados medidos em campo e modelos, incluindo modelos hidrológicos, hidrodinâmicos e modelos de superfície;
– Caracterização bio óptica, mapeamento de estado trófico e de indicadores de qualidade de água.
– Novas tecnologias, como COGs (Cloud-Optimized GeoTIFFs) que possibilitam trabalhar com dados geoespaciais massivos diretamente na nuvem.
Coordenador Principal: Dimaghi Schwamback
Coordenadores: Jose Gescilam Sousa Mota Uchoa; Dimaghi Schwamback; Samuel Almeida Dutra Júnior;
Descrição: A comunidade de recursos hídricos, tanto no contexto nacional quanto internacional, enfrenta desafios crescentes associados a eventos extremos de seca e inundação. Tais eventos têm enfatizado a importância de uma compreensão mais aprofundada dos processos que ocorrem na zona vadosa, ou região não saturada. Essa região desempenha um papel essencial no sistema terrestre, influenciando processos biogeoquímicos, transporte de nutrientes e poluentes, respostas hidrológicas em bacias hidrográficas, trocas terra-atmosfera e processos relacionados à dinâmica da chuva e do escoamento. Dada sua relevância, a zona vadosa é considerada uma parte crítica do sistema terrestre, fornecendo importantes serviços ecossistêmicos e desempenhando um papel fundamental na resiliência ambiental frente às mudanças climáticas. Os processos que ocorrem na zona vadosa possuem implicações diretas para a gestão de recursos hídricos, a segurança alimentar, a qualidade ambiental e a adaptação às mudanças climáticas. Compreender a interação entre água superficial e subterrânea, bem como os feedbacks no continuum solo-vegetação-atmosfera, é essencial para reduzir incertezas na modelagem hidrológica e melhorar a previsão de eventos extremos. Ademais, o uso de big data e métodos baseados em aprendizado de máquina e inteligência artificial está ampliando as capacidades metodológicas para lidar com a dinamicidade das propriedades da zona vadosa, especialmente em resposta à frequência, duração e magnitude alteradas de secas e inundações. Esta sessão tem como objetivo reunir pesquisadores que desenvolvem estudos experimentais, de campo, laboratoriais, sintéticos e de modelagem em escalas que variam da microscópica à continental. Buscamos trabalhos que abordem:
– Processos hidrológicos da zona vadosa;
– Caracterização de propriedades da zona vadosa;
– Processos biogeoquímicos no solo;
– Transporte de nutrientes e poluentes;
– Dinâmicas do sistema solo-vegetação-atmosfera.
Apresentações de novas abordagens e técnicas interdisciplinares também são muito bem-vindas.
Coordenador Principal: Dimaghi Schwamback
Coordenadores: Jullian Souza Sone; Gabriela Gesualdo;
Descrição: Os processos de transporte de poluentes nos meios aquáticos têm impacto direto na qualidade da água e, consequentemente, na saúde humana, na biodiversidade e na sustentabilidade dos recursos hídricos. Este tema é especialmente relevante diante de desafios globais, como a intensificação do uso do solo, mudanças climáticas e aumento da poluição de fontes pontuais e difusas. No contexto da área de recursos hídricos, a compreensão desses processos é essencial para o desenvolvimento de estratégias de gestão, remediação e monitoramento que garantam a disponibilidade e a qualidade dos recursos hídricos. Assim, a sessão técnica proposta busca reunir avanços científicos e aplicações práticas que abordam a dinâmica de transporte de poluentes desde sua mobilidade pelo perfil do solo até os corpos hídricos, promovendo um diálogo interdisciplinar e multissetorial para suporte à gestão dos recursos hídricos na agricultura. São esperadas contribuições que incluam:
Estudos experimentais e modelagens sobre o transporte de poluentes no solo e em águas subterrâneas e superficiais;
Metodologias e instrumentação inovadoras de monitoramento da qualidade da água em diferentes escalas no âmbito rural;
Análises de impactos ambientais e socioeconômicos associados à poluição dos recursos hídricos das atividades agrícolas.
A troca de conhecimento técnico-científico nesta sessão visa subsidiar políticas públicas, práticas sustentáveis de diferentes usos agrícolas e tecnologias de mitigação, promovendo uma gestão integrada e eficiente da qualidade das águas em diferentes escalas.
Coordenador Principal: Osvaldo Moura Rezende
Coordenadores: Antonio Krishnamurti Beleño de Oliveira; MATHEUS MARTINS DE SOUSA; MARCELO GOMES MIGUEZ; ALINE PIRES VEROL; Daniel Gustavo Allasia Piccilli; Bruna Peres Battemarco; Luciana Fernandes Guimarães; Francis Martins Miranda; Paula Morais Canedo de Magalhães; Maria Vitoria Ribeiro Gomes; Beatriz Cruz Amback;
Descrição: A sessão técnica abordará os desafios do manejo de águas pluviais em áreas de baixada costeira, destacando a necessidade de estratégias inovadoras para enfrentar mudanças climáticas, urbanização desordenada, limitações territoriais, e degradação ambiental, evitando o aumento dos riscos e a maladaptação. Eventos recentes, como as inundações no Rio Grande do Sul, evidenciam a urgência de integrar o ciclo hidrológico ao planejamento urbano, especialmente em cidades como Porto Alegre, Rio de Janeiro, Vila Velha e Salvador, onde a baixa declividade e a proximidade com o mar agravam os problemas de drenagem. As ameaças advindas da crise climática potencializam esses desafios, uma vez que cenários futuros preveem a intensificação de eventos extremos, como as tempestades, e o aumento no nível médio do mar e das marés meteorológicas. A sessão fortalecerá a cooperação científica e técnica entre universidades, governos e sociedade, promovendo soluções inovadoras para cenários urbanos desafiadores. Serão discutidas experiências bem-sucedidas, como o Projeto Iguaçu no Rio de Janeiro, que demonstram o potencial da infraestrutura verde e azul para aumentar a resiliência urbana, e o Programa de Manejo de Águas Pluviais de Maricá, recentemente elaborado. Vinculada à Cátedra UNESCO de Drenagem Urbana em Regiões de Baixada Costeira sediada na UFRJ, a sessão busca fomentar pesquisas e aplicações que integrem soluções baseadas na natureza ao planejamento urbano, promovendo sustentabilidade e resiliência. Os objetivos incluem discutir estratégias inovadoras, apresentar estudos de caso e promover a integração de soluções à gestão de bacias hidrográficas urbanas. Como resultados, espera-se a contribuição da sessão técnica para elaboração de diretrizes para o manejo de águas pluviais, o fortalecimento de redes de cooperação e a identificação de áreas prioritárias para pesquisa e aplicação de soluções. A sessão contará com a participação de representantes da Cátedra UNESCO e pesquisadores especializados no manejo de águas pluviais urbanas.
Coordenador Principal: Cristovão Vicente Scapulatempo Fernandes
Coordenadores: SÉRGIO RODRIGUES AYRIMORAES SOARES;
Descrição: A Lei 9.433/97 estabelece cinco instrumentos formais para a gestão de recursos hídricos: planos de recursos hídricos, enquadramento dos corpos d´água; outorgas de direito de uso da água; cobrança pelo uso da água; e sistema de informações sobre recursos hídricos. Para além da abordagem tradicional sobre esses instrumentos, a prática tem levado à várias adaptações inovadoras e formas diferentes de implementação nas bacias hidrográficas e unidades da federação. Desse modo, de forma a cumprir o papel da CT Planejamento e Gestão de Recursos Hídricos de conectar a ciência à prática do Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos ? Singreh, propõe-se uma sessão técnica especial que priorize esse enfoque.
Coordenador Principal: Dirceu Silveira Reis Junior
Coordenadores: Veber Afonso Figueiredo Costa; André S. Ballarin; Pedro Luiz Borges Chaffe; Alexandre Cunha Costa; MARCUS SUASSUNA SANTOS; WILSON DOS SANTOS FERNANDES; Cristiano das Neves Almeida.
Descrição: A compreensão dos mecanismos geradores e suas respectivas modelagens são fundamentais para o entendimento de qualquer sistema ? seja natural ou humano ? que tenha a precipitação como variável de entrada. Esses eventos podem impactar diversas atividades humanas, tornando essencial sua caracterização e preciso entendimento para diferentes aplicações, como por exemplo, para o dimensionamento de pontes, bueiros, barragens, e estruturas de manejo de águas pluviais em áreas urbanas; definição de áreas de risco de alagamento, inundação e escorregamento; assim como na definição de níveis de confiabilidade de suprimento de água para abastecimento e para irrigação, dentre outros.
Nas últimas décadas, avanços significativos foram alcançados, podendo-se citar o aprimoramento da construção de curvas intensidade-duração-frequência, com novidades na modelagem espaço-temporal; o aprimoramento de geradores estocásticos de precipitação; e as recentes sugestões de como incorporar os efeitos da mudança do clima no comportamento de extremos de precipitação.
Diante desse contexto, esta sessão objetiva promover um espaço de discussão entre pesquisadores e profissionais que utilizam informações sobre extremos de precipitação em suas atividades. Propõem-se, com isso, avaliar os benefícios e limitações das novas técnicas; explorar seu potencial de aplicação imediata em estudos de engenharia; possibilitar a apresentação de estudos de caso relevantes no Brasil ou no exterior; e identificar os desafios ainda existentes, principalmente aqueles ligados às mudanças climáticas e seus impactos nos eventos extremos.
Alguns aspectos a serem discutidos na sessão técnica incluem:
– Análise de qualidade de séries sub-diárias;
– Adequação de distribuições teóricas de probabilidade para modelagem de extremos de precipitação;
– Regionalização;
– Desagregação temporal;
– Geração de séries sintéticas multivaridas ou univariadas para fins de dimensionamento ou avaliação de desempenho de sistemas hídricos;
– Fontes alternativas de dados pluviométricos, como satélites e radares;
– Precipitação máxima provável;
– Impacto das mudanças do clima no padrão de extremos de precipitação.
Coordenador Principal: Pedro Luiz Borges Chaffe
Coordenadores: MARCUS SUASSUNA SANTOS; Dirceu Silveira Reis Junior;
Descrição: O Brasil é a segunda economia emergente com maior potencial de perdas devido as cheias e inundações. Além de atuarem em diversas escalas e não serem completamente entendidos, muitos dos mecanismos que controlam as cheias estão mudando devido a interações complexas entre o clima, uso da terra e atividades humanas. Assim, a compreensão dos processos formadores das cheias tem potencial de produzir grandes ganhos para a sociedade, permitindo apontar as melhores medidas mitigadoras para o risco de cheias e as melhores práticas para o gerenciamento dos recursos hídricos.
O objetivo desta sessão é analisar os principais processos que governam as cheias no Brasil, incluindo detecção, atribuição e mudança dos padrões espaciais e temporais em diversas escalas. Esta sessão busca trabalhos de caracterização, estimativa e também de aspectos técnicos e operacionais que envolvam estudos de casos de cheias em diferentes regiões. As contribuições devem idealmente discutir os desafios e os benefícios das metodologias para a identificação e caracterização das cheias no Brasil. Alguns aspectos a serem discutidos na sessão técnica incluem:
– Padrões espaciais e variabilidade temporal da ocorrência das cheias;
– Análise de tendências;
– Análise de incerteza;
– Métodos de regionalização;
– Análise de frequência de cheias, métodos estacionários e não estacionários;
– Processos não-estacionários em decorrência de mudanças no clima, uso do solo e atividades antrópicas;
– Impactos socio-econômicos e ambientais da mudança do padrão de ocorrência de eventos hidrológicos extremos;
– Análise quanto à gestão de risco e desastres relacionados a inundações, sejam na fase de prevenção e preparação, seja nas fases de impactos e resposta.
Coordenador Principal: Claudia Moster
Coordenadores: Luna Gripp Simões Alves; Hersilia de Andrade e Santos; Lorena Ferrari Secchin; Jéssica Aurora Bernardo;
Descrição: A STE “Sociohidrologia aplicada à gestão hídrica: representatividade, diversidade e inclusão” considera a necessidade de discussão sobre como as características da população relacionam-se ao acesso à água, ou à maior vulnerabilidade a desastres, como possíveis consequências da sub representatividade entre os tomadores de decisão. O alinhamento entre academia, formação profissional e mercado de trabalho sobre a temática da diversidade aplicada à gestão da água, bem como, temas relacionados à justiça climática, e experiências para uma gestão hídrica socialmente justa, também serão considerados para apresentação na sessão especial. De forma inovadora, a proposta visa dar oportunidade à apresentação de trabalhos com características interdisciplinares e transversais, com foco em questões sociais e a água, de forma a contemplar diferentes perspectivas técnicas, científicas e práticas para o desenvolvimento da sociohidrologia no Brasil. O tema proposto relaciona-se aos ODS 5 (igualdade de gênero), 6 (água potável e saneamento) e 10 (redução das desigualdades) propostos pelas Nações Unidas. Considera ainda, o papel fundamental da ABRHidro, como instituição impulsionadora da divulgação científica para atingir tais objetivos, considerando os aspectos humanos essenciais para a obtenção do sucesso na aplicação do conhecimento, diante de desafios no enfrentamento às mudanças climáticas, decisões políticas e econômicas. Portanto, trata-se de um tema com relevância científica, técnica, ambiental e social, no contexto da área de recursos hídricos, segurança e governança hídrica, de acordo com o contexto do simpósio brasileiro da ABRHidro. Espera-se receber trabalhos escritos no formato de artigo completo que apresentam análise de dados, bem como relatos de experiências e de produções artísticas relacionadas à temática, englobando formas alternativas de comunicação, a fim de possibilitar a ampla inclusão e diversidade durante a Sessão Especial.
Coordenador Principal: Alexandre Cunha Costa
Coordenadores: Luna Gripp Simões Alves; Franciele Zanandrea; Masato Kobiyama; Ayan Santos Fleischmann; Celso Bandeira de Melo Ribeiro; Julian Cardoso Eleutério; Gean Paulo Michel; Dirceu Silveira Reis Junior;
Descrição: Segundo as Nações Unidas, mais de 90 por cento dos desastres naturais estão relacionados com a água e o clima, incluindo seca, incêndios florestais, movimento de massa úmida e inundação. Os seus impactos representam um enorme desafio para as sociedades, as economias e o ambiente, como observado no Rio Grande do Sul, no Pantanal e na Amazônia no ano passado. O objetivo desta sessão é avançar no conhecimento dos desastres relacionados com a água e sua associação com os extremos hidroclimáticos e hidrogeomorfológicos. Neste contexto, são esperados trabalhos sobre os desastres relacionados com a água, que abordam principalmente: os impactos dos desastres (sociais, econômicos, ambientais, estruturais e de saúde pública), os efeitos das mudanças climáticas, ambientais e sociais; o papel da gestão de risco e desastres – incluindo monitoramento de eventos extremos, mapeamento de riscos, sistemas de alerta, evacuação, assistência e logística em desastres; e a influência da educação, cidadania e integração comunitária. Esta é uma proposta da Comissão Técnica de Desastres da Associação Brasileira de Recursos Hídricos (CT Desastres) e colaboradores/as. A CT Desastres foi criada em 2017 no Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos (SBRH) de 2017. Desde então, vem promovendo discussões relacionadas à importância dos Recursos Hídricos na Gestão de Risco de Desastres e incentivando o desenvolvimento de trabalhos e projetos na área, por meio da realização dos Encontros Nacionais de Desastres, palestras e publicações. Essas atividades envolvem a participação da comunidade da ABRHidro e além, no âmbito nacional e internacional.
Coordenador Principal: José Carlos Cesar Amorim
Coordenadores: Aloysio Portugal Maia Saliba; JORGE LUIS ZEGARRA TARQUI; Hugo de Oliveira Fagundes; CARLOS BARREIRA MARTINEZ;
Descrição: Um dos maiores impactos ambientais decorrentes de atividade de mineração é o incremento dos processos erosivos, que demandam medidas diversas de manejo e controle dos sedimentos gerados, visto que as cargas de sedimentos geradas são de pelo menos duas a três ordens de grandeza acima de valores encontrados na natureza. Em geral, as áreas de mineração localizam-se em áreas de cabeceiras de mananciais, e os efeitos de um descontrole é bastante degradante aos Recursos Hídricos. Embora o controle de sedimentos na fonte seja reconhecidamente a forma de controle mais efetiva, muitas vezes não é viável, e o controle dependerá da implantação de obras hidráulicas para contenção. Uma medida muito comum no controle de sedimentos na mineração é o uso de reservatórios para sedimentação, que frequentemente possuem apenas avaliações expeditas de eficiência. O projeto de dessas obras hidráulicas precisa incorporar avaliações mais coerentes neste sentido. Também ainda incipientes são as aplicações de metodologias para controle na fonte. A despeito de aplicações frequentes de métodos quantitativos para gestão de sedimentos em áreas antropizadas (ex. aplicação da RUSLE para avaliação de técnicas de manejo e gestão), tais como no agronegócio, poucas iniciativas são vistas na mineração. Adicionalmente, observa-se a movimentação do setor mineral no sentido de dispor rejeitos compactados e empilhados, em substituição à disposição nos reservatórios de barragens de rejeitos, traz consigo uma forte demanda acerca da gestão de drenagem superficial e sedimentos produzidos, com reflexos nas obras hidráulicas envolvidas.
Esta sessão visa estimular as discussões a respeito desses assuntos, incentivando empresas e academia a apresentarem trabalhos que contribuam para desenvolvimentos científicos neste sentido. Outro objetivo é despertar o interesse do público para os eventos temáticos associados (FLUHIDROS e ENES), realizados no ano seguinte ao Simpósio.
Coordenador Principal: José Carlos Cesar Amorim
Coordenadores: Bruno Melo Brentan; ALEXANDRE KEPLER SOARES; IRAN EDUARDO LIMA NETO; GUSTAVO MEIRELLES LIMA;
Descrição: Os sistemas de abastecimento de água são fundamentais para o desenvolvimento social e econômico de cidades. Sua infraestrutura é complexa, com diferentes componentes hidráulicos desde a captação da água até a distribuição. Assim, sua concepção, operação e gestão devem ser eficientes para minimizar seus custos e impactos ambientais. Entretanto, devido à sua complexidade, a obtenção de soluções adequadas não é simples, e requer o estudo detalhado do sistema. Atualmente, técnicas de otimização e aprendizado de máquinas têm sido aplicadas para auxiliar o dimensionamento e reabilitação de redes, identificação e localização de vazamentos, operação de estações elevatórias e válvulas, dentre outros problemas recorrentes nos sistemas de distribuição de água. A eficiência destas técnicas depende em grande parte da qualidade e quantidade de dados coletadas pelo sistema de monitoramento, e da precisão do modelo hidráulico a ser utilizado como referência. Assim, o desenvolvimento de sensores de baixo custo, a localização de sua instalação e o desenvolvimento de modelos precisos com rápido processamento também são fundamentais para a melhoria do sistema. Desta forma, nesta sessão técnica esperam-se contribuições que visem a melhoria da concepção, operação e gestão de sistemas de distribuição de água.
Coordenador Principal: José Carlos Cesar Amorim
Coordenadores: MAURICIO DAI PRA; José Carlos Cesar Amorim;jcamorim@ime.eb.br; EDNA MARIA DE FARIA VIANA; Ana Letícia Pilz de Castro;
Descrição: Sessão técnica especial concebida a partir da necessidade de ampliar as discussões acerca da modelagem física e numérica de escoamentos atrelados à necessária abordagem indissociável entre os resultados obtidos por modelagem com aqueles obtidos em campo.
A aplicação dos resultados obtidos em modelagem de escoamentos tem sido cada vez mais frequente e necessária no setor de recursos hídricos nacional e internacional. A necessária discussão da validade destes resultados é que aparenta demandar maior atenção em um momento em que o uso deste tipo de ferramenta tem se tornado massivo e nem sempre cercado dos devidos cuidados na aplicação/interpretação de respostas obtidas rapidamente e com uso prático imediato. Esta sessão tem a expectativa de incorporar trabalhos relacionados a aplicação prática da modelagem numérica e/ou física, relacionados a escoamentos a superfície livre ou pressurizados, e aplicados aos diversos setores que compõe a área dos recursos hídricos (saneamento em geral, irrigação, navegação, geração de energia, mineração, dentre outros). Também são esperadas contribuições que apresentem avanços científicos e tecnológicos apoiados na validação de resultados obtidos por modelagem com resultados obtidos em campo ou protótipos.
Coordenador Principal: Aline de Araújo Nunes
Coordenadores: Marina Batalini de Macedo; Maria Clara Fava; Anaí Floriano Vasconcelos; Caroline Kozak; Maria Fernanda Nóbrega dos Santos; Melissa Cristina Pereira Graciosa; Daniela santos feitoza;
Descrição: A urbanização mostrou nas últimas décadas tendência crescente e irreversível, na grande maioria dos países. Os impactos negativos desse processo atingem todos os aspectos da qualidade de vida dos cidadãos, sendo especialmente verificados nos recursos hídricos – disponibilidade e qualidade. As consequências da ausência de planejamento integrado dos serviços de saneamento básico e da gestão territorial, com foco na drenagem urbana, causam externalidades negativas, determinam cenários de inundações e alagamentos, degradação de rios urbanos e da qualidade da água. Soluções alternativas e inovadoras têm sido propostas para reduzir os efeitos do impacto da urbanização no ciclo hidrológico natural. São elas: técnicas compensatórias de drenagem urbana (TC), sistemas de drenagem urbana sustentável (SUDS), desenvolvimento de baixo impacto (LID), soluções baseadas na natureza (SBN), dentre outras nomenclaturas que aplicam técnicas estruturais e não estruturais de forma difusa na bacia. Essas soluções têm o propósito de favorecer o armazenamento do escoamento superficial, estimular a infiltração e/ou evapotranspiração, além de possibilitar sua captação para reuso, contribuindo para a redução da poluição difusa e do volume de escoamento superficial. Além disso, promovem a gestão integrada e holística dos recursos hídricos, tanto em escala urbana quanto em nível de bacia hidrográfica, entre outros objetivos. À luz do exposto, espera-se que esta sessão técnica receba contribuições que abordem estudos de caso, metodologias de implementação, monitoramento e avaliação de técnicas sustentáveis aplicadas ao manejo das águas urbanas. Serão bem-vindas pesquisas sobre eficiência, custo-benefício e impactos socioambientais dessas soluções, além de propostas de políticas públicas e governança para sua adoção. Trabalhos interdisciplinares e experiências de integração das SBN com infraestrutura cinza também são de grande interesse. Dessa forma, o evento se configura como um espaço essencial para troca de conhecimento, fortalecimento de redes colaborativas e avanço na implementação de práticas inovadoras para uma gestão hídrica sustentável e resiliente.
Coordenador Principal: Vêrônica Silveira de Andrade
Coordenadores: RODRIGO AMADO GARCIA SILVA; Monica Frickmann Young Buckmann;
Descrição: Esta sessão técnica especial, proposta pela CT de Engenharia Costeira, tem como objetivo promover discussões sobre inovações e práticas integradas em engenharia de recursos hídricos voltadas para a proteção e resiliência de zonas litorâneas. No contexto da ABRHidro e da gestão de recursos hídricos nacional e internacional, o tema aborda um dos maiores desafios contemporâneos: integrar a gestão de bacias hidrográficas e zonas costeiras para enfrentar pressões como urbanização, mudanças climáticas e conflitos pelo uso da água.
Do ponto de vista científico e técnico, o tema é relevante por explorar novas abordagens e tecnologias que permitem um manejo mais eficaz e sustentável dos sistemas hídricos. Ambientalmente, a integração entre sistemas terrestres e marinhos é essencial para proteger ecossistemas vulneráveis, como manguezais, estuários e aquíferos costeiros. Socialmente, a gestão integrada contribui para reduzir vulnerabilidades de comunidades litorâneas e mitigar conflitos de uso da água, promovendo o desenvolvimento sustentável. Espera-se que a sessão atraia contribuições como estudos de caso, modelagens avançadas, análises de políticas públicas e aplicações de tecnologias emergentes. Além de trabalhos que abordem soluções baseadas na natureza e iniciativas participativas, ampliando o debate sobre como unir diferentes disciplinas para integrar a gestão e proteger os recursos hídricos nessa zona de interface entre bacia hidrográfica e mar.
Coordenador Principal: Fernando Mainardi Fan
Coordenadores: LUANA FERREIRA GOMES DE PAIVA; Cássia Silmara Aver Paranhos; Ingrid Petry; Daniel Firmo Kazay; Daniela Mara Ferreira; ARTUR JOSE SOARES MATOS; Christopher Cunningham; Cleber Henrique de Araujo Gama;
Descrição: A antecipação da condição de vazão em rios é muito valiosa, seja para a otimização do uso de recursos hídricos e energéticos ou para a mitigação de impactos negativos de eventos hidrológicos, pois permite a emissão de alertas, tomada de decisão na operação de obras hidráulicas, execução de planos de reposta a emergências, entre outras preparações.
Para prover previsões de vazão de boa qualidade e em tempo apropriado é necessário prever corretamente o comportamento de um sistema natural complexo, modificado por ações humanas, que é uma bacia hidrográfica. Além disso, as previsões de vazões devem ser feitas utilizando informações incompletas e incertas de variáveis meteorológicas e hidrológicas. Destaca-se também que a qualidade dessas informações precisa ser analisada e, em muitos momentos, a mesma precisa ser revisada. Esta sessão será uma oportunidade para reunir cientistas, hidrólogos, engenheiros, meteorologistas, e demais profissionais interessados em explorar o uso de técnicas de previsão hidrológica ou hidrometeorológica e suas aplicações. São bem-vindos todos os tipos de aplicações de técnicas e estudos de caso. A sessão busca trabalhos que envolvam previsões nas escalas de prazos curto, médio, sub sazonal e sazonal.
As contribuições abrangem, mas não estão restritas, aos seguintes tópicos:
– Desenvolvimento de modelos e sistemas de previsão;
– Avaliação do desempenho e qualidade de previsões;
– Investigação em previsão por conjunto (ensemble);
– Técnicas para melhorar a aptidão dos sistemas de previsão;
– Estratégias para equilibrar o conhecimento humano e a automação em sistemas de previsão.
A sessão busca trabalhos que envolvam tanto aspectos metodológicos gerais quanto estudos de casos. Estudos de caso com diferentes usuários, escalas espaço-temporais, intervalos de previsão, regimes hidrológicos e meteorológicos são bem-vindos.
Atenta-se ao fato que previsões ou projeções climáticas (como de mudanças climáticas) não são o interesse desta sessão.
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